quinta-feira, 20 de maio de 2010

O preconceito é uma opinião desprovida de julgamento. Assim, em toda terra, se incutem às crianças as opiniões que se quiser, antes de elas poderem julgar”
(Voltaire)

O preconceito e o racismo estão historicamente vinculados a situações de exploração, nas quais os mais fortes, política e economicamente, extraem vantagens materiais. É um círculo vicioso que reproduz a condição de opressão racial e os racistas. Historicamente, portanto, o racismo se funda em bases econômicas que intensificam a desigualdade social e racial. Por isso, alguns imaginam que modificadas a base econômica supera-se o racismo. A história demonstra que não é bem assim! O preconceito racial interioriza-se, sobrevive por gerações e mostra-se renitente, mesmo com a evolução da ciência e das transformações sociais.

A insuficiência da explicação economicista mostra a complexidade da questão racial. Na medida em que a recusa do diferente está presente em todas as época e sociedades, não seria o preconceito algo arraigado e próprio da natureza humana? Uma dificuldade inerente ao humano de se reconhecer no “outro”?

O conceito de natureza humana é controverso. Há quem explique os fenômenos sociais apenas por uma característica que estaria intrinsecamente vinculada à natureza biológica, naturalizando-se as diferenças e relações humanas. Há os que enfatizam os aspectos sócio-econômicos e relativizam a sua natureza animal – instintiva – e, mesmo, os aspectos psicológicos.

Assim, embora seja essencial adotar medidas econômicas e políticas que inibam atitudes preconceituosas e mesmo que os distúrbios psíquicos sejam tratados e equacionados satisfatoriamente, o preconceito resiste e permanece latente, ressurgindo no cotidiano, nas coisas mais simples ou em situações de crise sócio-econômicas. Um exemplo típico é a revitalização do preconceito contra os imigrantes em geral em épocas de intenso desemprego; contra os negros quando estes são vistos como uma ameaça à classe média branca na disputa pelas vagas nas universidades públicas, etc.

O preconceito deve ser combatido e é possível educar nossas crianças, e a nós mesmo, no sentido de superá-lo. Todavia, é muito difícil vencê-lo quando está inculcado e arraigado nas mentes e corações. Então, o preconceito torna-se uma patologia, talvez curável por uma experiência muito intensa e traumatizante ou a morte! Lembro-me da cena em um filme: as pessoas sinceramente se emocionavam e choravam diante do discurso de um branco sulista e racista. Contra esse tipo de gente não adianta argumentos racionais. A inibição legal ou econômica pode induzi-lo a escamotear o racismo e o preconceito, mas estará lá como uma fera adormecida.

Se o “horror às diferenças” não explica por si o preconceito, penso que não se pode desconsiderar o peso que o estranhamento diante de uma situação, algo ou alguém diferente, tem no processo de manifestação do preconceito. Nesse sentido, talvez o passo mais importante para combater o preconceito seja partir do auto-reconhecimento deste. O preconceito pode adquirir gradações diferentes: a eventual repulsa inicial pode se consolidar numa atitude/sentimento de rejeição ou de aceitação do outro.

Fico a refletir sobre as relações pessoais que construímos e sobre a responsabilidade que temos como pais, educadores, etc. O preconceito é como uma sombra que nos persegue, um veneno que nos mata lentamente. Ele resiste às terapias conscientes ou inconscientes. Quantos preconceitos se escondem sob a hipocrisia das relações sociais fundadas nas aparências e nos discursos racionais que proferimos? Em qual recanto da nossa alma os escondemos? http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/1980410:BlogPost:69816

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Teste de memória


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Certo?


Hipertexto e sua importância
Conforme descreve alguns autores, “hipertextos,” é um documento composto por diferentes blocos de informações interconectados tanto com as partes do mesmo documento ou com outros que seguem o mesmo padrão de funcionamento”. Ou seja, pode incluir várias informações interligando a um único documento.
Esse recurso, certamente subsidiar qualquer um, pela navegação na internet, facilitando assim a acessibilidade.
O que mais me chamou a atenção foi como essa ferramenta impulsiona a pesquisa e conseqüentemente a ampliação do conhecimento através da leitura, pois, na medida em que conhecemos a sua utilidade é impossível não fazer uso desta. A forma não linear de leitura com o hipertexto é uma das grandes possibilidades que motiva a interatividade, “ é um desejo legítimo do ser humano sempre ir adiante, pois quanto mais interativos formos, mais exigiremos interatividade no futuro.”
Para o educador essa ferramenta com certeza é essencial no desenvolvimento de sua prática, pois é um ambiente interativo e adequado à transmissão da informação, desenvolvimento e compartilhamento do conhecimento, também para facilitar um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam ativamente de um processo de busca e construção desse conhecimento
O hipetexto é uma forma de interagir propiciada pelo ambiente de rede. De acordo com suas características que são: intertextualidade, velocidade, precisão, dinamismo, interatividade, acessibilidade, transitoriedade e organização multilinear, impossível ignorá-lo, e não fazer uso.
Outro aspecto fundamental do hipertexto é sua eficiência no planejamento e desenvolvimento de cursos à distância, facilitando a informação a estudantes localizados nos mais distintos pontos.
hipertextos tornam realidade a abordagem interdisciplinar dos mais diversos temas, abolindo as fronteiras que separam as áreas do conhecimento”.

segunda-feira, 10 de maio de 2010



Conhecendo as faria fases da discriminação racial




Discriminação perpétua"O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras" Luciana Souza7 período de jornalismoÉ comum ouvir dizer que no Brasil já não existe mais racismo, preconceito ou discriminação. Ao mesmo tempo é impossível negar o alargamento das diferenças sociais e econômicas sofridas pela sociedade no decorrer dos séculos. Para entender estas diferenças é necessário voltar ao período de colonização do País, para perceber também, que há, através da história a perpetuação da discriminação. De acordo com a socióloga, Maria das Dores Silva, professora da Universidade de Uberaba, a sociedade contribui para que o preconceito seja voltado para os negros. Durante a colonização do Brasil, as terras foram tiradas do poder dos índios, que se viram obrigados a trabalhar. Como não se adaptaram bem, por recusarem a escravidão, foram substituídos pelos escravos africanos. Os negros foram arrancados de sua pátria e trazidos para as Américas - um continente desconhecido, onde não lhes ofereceram nenhuma vantagem. Mesmo depois da abolição, no dia 13 de maio de 1888, os negros não se libertaram. Data daí, de acordo com a socióloga o período da intensificação do preconceito."O conflito pessoal começa quando a raça branca faz algum tipo de comentário sobre o passado dos índios ou negros, por causa da escravidão", aponta Maria das Dores.É necessário também, na visão de Maria das Dores, recorrer a Biologia para que o racismo não seja analisado somente no campo ideológico. "Existe uma parte da ciência, também chamada de Racismo, que estuda a mensuração das espécies humanas. São comparados ossos de homens negros com os de brancos, amarelos e vermelhos, para indicar quais são as diferenças entre cada raça", explica. É exatamente essa mistura de raças que pode causar mudanças na sociedade. O Racismo ou Etnocentrismo, é a característica de um grupo racial que cria conflitos, tentando mostrar-se melhor que os outros. A Sociologia classifica o racismo como uma discriminação ideológica, na qual um grupo considera ter mais qualidades que o outro. "O preconceito é um relativismo individual que resulta em conseqüências graves. As pessoas por acharem que são melhores começam a desmerecer as outras", esclarece. Para a Psicólogia, o racismo pode gerar certos tipos de patologias nas pessoas discriminadas. A psicóloga Osimar Beatriz Tura, cuja experiência somam-se nove anos de atendimento clínico na cidade de Conquista/MG explicou que as pessoas, quando discriminadas, sofrem um certo isolamento podendo ter como consequência a violência. "Quando alguém está sendo inferiorizado, seja por causa de sua cor ou por sua crença, passa a desenvolver problemas psicológicos. Com isso fica doente ou até mesmo desenvolve um sentimento de raiva, tornando-se violento", exemplifica.